Às 16h11min desta quinta-feira, em uma sala no prédio do Centro Regional Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Santa Maria, um grupo deve receber um telefonema importante. A expectativa é pela confirmação de que deu tudo certo com o lançamento do primeiro nanossatélite brasileiro, desenvolvido por pesquisadores do Inpe e da UFSM.
O NanoSatC-BR1 estará levando, em seu bagageiro de só um litro de volume, além de instrumentos de pesquisa e equipamentos para serem testados, a expectativa de dar um passo importante na defasada história brasileira no campo aeroespacial.
:: Entenda como funciona o nanossatélite
O primeiro nanossatélite criado no país, há mais de 10 anos, foi destruído no acidente ocorrido no seu lançamento, na base de Alcântara, no Maranhão. Desde então, foi adotada uma estratégia diferente. O NanoSatC-BR1 segue padrões internacionais, com uma "carcaça" adotada em muitos outros países para nanossatélites.
Além disso, o lançamento será a bordo de um foguete experiente, que levará ao espaço, no total, 37 satélites de diferentes países. Em novembro de 2013, o mesmo foguete de origem ucraniana lançou 32 satélites em órbita.
- A chance de dar errado é muito menor do que nas últimas tentativas. Mesmo sendo frustrante, a ciência é impiedosa, um erro mínimo resulta em ter de começar do zero, principalmente no campo aeroespacial. Mas, agora, estamos confiantes e, com o resultado de hoje, é possível que projetos futuros ganhem mais apoio financeiro - diz o chefe do Centro Regional Sul do Inpe, Adriano Petry.
O lançamento vai ocorrer na base de Dombarovsky, na cidade de Yasny, no sul da Rússia, no foguete ucraniano Dnepr, que colocará em órbita 37 nanossatélites de diferentes países.
"